O auge

Assisti ontem ao filme sobre a vida de Amy Winehouse e fiquei pensando sobre o auge na vida de uma pessoa, seja ela famosa ou não. Penso que todos têm um momento, ou um período, em que vivem seu auge pessoal, aquilo o que cada um, em sua própria avaliação, possa considerar como o ápice de sua vida nos aspectos ou segundo os critérios próprios que melhor o definam. Uns acreditarão terem vivido o seu auge enquanto foram famosos, outros quando foram ricos ou ocuparam o cargo mais relevante, ou ainda quando exibiram a maior beleza física. Para alguns outros, terá sido quando alcançaram o maior equilíbrio entre sua vida pessoal e a profissional, quando constituíram família ou quando largaram tudo para viver de sua arte. De fato, parece haver dois olhares sobre o auge de cada um: o da própria pessoa sobre si mesma e o dos outros, da sociedade sobre você. E estes nem sempre coincidirão...No caso da Amy, em seu auge profissional, ela recebeu cinco prêmios Grammy de uma só vez pelo álbum Back to Black, uma obra eternizada, tendo alcançado naquele momento sua maior fama e reconhecimento público, mas, como o próprio disco revela nas letras compostas pela artista, ela estava infeliz em sua intimidade. Love is a losing game não era só o título da canção, era como ela se sentia em relação ao amor, um lamento. O filme mostra que a fama e o dinheiro não era o que realmente lhe importava, ela queria uma família e filhos, queria amar e ser amada. A descoincidência entre o que se é para os outros e o que se quer para si próprio é muito mais comum do que se pode imaginar, e cabe a cada um escolher - ou entender - onde encontrar o seu auge, segundo o que você considere necessário para alcançar o seu melhor momento.

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