Uma vida de possibilidades

Todos nós vivemos entre possibilidades. Não importa se a pessoa seja
rica, pobre, bonita, feia, inteligente ou não, sempre teremos
possibilidades.

Algumas delas, são causadas por aquilo que fazemos.
São como reações a nossos estímulos conscientes, como, por exemplo,
quando concluimos um curso universitário e tornamos possível uma
carreira profissional dependente dessa formação. Outras, no entanto,
são latentes, ou potenciais, às vezes imperceptíveis até, mas estão a
nosso redor, esperando para ser descobertas, exploradas, aproveitadas.

E, como os frutos da estação, podem amadurecer e cair, sumindo, sem
serem saboreadas.

A vida nada mais é do que escolher, renunciar e viver suas possibilidades.
E quando as escolhemos elas se tornam a nossa realidade. Portanto, mesmo
que possa não parecer, vivemos em grande parte de acordo com as possibilidades
que criamos para nós mesmos. Não se trata do acaso, mas de escolha, mesmo que
inconsciente.

E a injustiça do mundo está em que a distribuição de possibilidades
entre as pessoas é desigual, alguns tendo mais ou muito mais que
outros. Mas isso não é desculpa para ninguém render-se ao derrotismo,
pois todos podemos e é importante ter a consciência disso. Sim, querer
é poder, mas a vontade por si só não realiza enquanto não envolver o
compromisso de esforço e tempo, variáveis essas muitas vezes vistas
como intransponíveis por aqueles que desistem de conquistar suas
possibilidades.

Não tenho dúvida de que qualquer um, do maior ao
menor, ou melhor e pior, em qualquer coisa, é resultado de um conjunto
de possibilidades realizadas ou frustradas.

Assim somos, o que fizemos ou deixamos de fazer por nós mesmos,
ao passo que o destino, o governo, a cor, a pobreza, o amor não correspondido,
a vontade divina, a falta de tempo e outros tantos obstáculos são o que, muitas vezes
ou pela vida toda, usamos para nos proteger de nossa própria frustração.

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