SHOW ERIC CLAPTON - 06/10/2011

Show do mestre ERIC CLAPTON na noite de ontem, depois de 10 anos do primeiro show que assisti do cara (Estádio Olímpico/POA em 2001).

O show musicalmente foi o que se podia esperar do grande (ou o maior) guitarrista e seus músicos de apoio excelentes - destaque para os dois tecladistas.

Confesso, porém, que fiquei frustrado... O show não foi contagiante, muito pela escolha de músicas e versões mais "tranquilas" de clássicos como Layla, ao contrário do show mais rock de 2001. Seria um clima musical perfeito para um ambiente mais adequado, como uma arena ou teatro, mas não para um espetáculo de grande público ao ar livre.

Também, tecnicamente, achei o volume baixo para a pista e a disposição dos setores também prejudicial a este setor, onde estava o maior público.

Mas, enfim, satisfeito por ter presenciado mais um show do deus da guitarra, com seus solos hipnotizantes e sua voz de bluseiro - CLAPTON IS STILL GOD!

*especial foi a companhia dos amigos que embaram junto nessa gig: Paulinho, Cláudia, Rafa, Bruna, Moa, Ariel, David, Carlinhos, Diones, Filipe e, obviamente, da Cacá. Sem esquecer o show à parte do animador de platéias, Geraldo - grande presença!

Segue abaixo o post de comentário do show copiado do Blog do Grings
(http://wp.clicrbs.com.br/grings/2011/10/07/show-com-marca-registrada-de-clapton/?topo=52,1,1,,219,e219)


Show com marca registrada de Clapton

Fotos: Mauro Vieira

Confira os detalhes da apresentação do músico inglês nessa quinta-feira na capital gaúcha

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Olhei no relógio. Um brinde a velha pontualidade britânica! 10h em ponto quando Clapton dispara o primeiro acorde de sua Fender azul (ou verde) piscina. Em apenas um lick dava pra sacar que a noite já estava ganha. No meu caso, não mais importava o desgaste de uma viagem cansativa que culminou no trânsito caótico da capital gaúcha, nem o preço do taxi mais caro da minha vida que me levou até lá. Ao sabor de um uísque com energético, Goin Down Slow de cara dá a tônica do espetáculo – o estacionamento da FIERGS parecia um pequeno (gigante) clube de blues. Detalhe negativo: uma das queixas da noite foi o som baixo em setores mais distantes do palco. Na minha opinião, tudo okay! Key To The Highway, um antigo standard de Big Bill Broozy reafirma o blues como gênero dominante do set. Relaxei e percebi que a noite seria especial. Confira a galeria de fotos.

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Hoochie Coochie Man, tema de Willie Dixon que Clapton gravou em From The Cradle (1994) leva o público ao delírio. Impossível não reparar nos cabelos brancos do baterista Steve Gadd, um gigante das baquetas que não pode ser considerado apenas um mero coadjuvante. Old Love do álbum Journeyman (1989) é o primeiro momento extensivo do Clapton “Slowhand”. Moldura propícia para um longo solo de guitarra e de piano e orgão, a cargo de Chris Staiton e Tim Carmon. Depois é a vez de Tearing Us Apart, um daqueles sons menores que parecem ganhar força quando tocado ao vivo. Driftin’ abre o set acústico ainda no cercado blueseiro. E ele segue na mesma onda com a sempre bem-vinda Nobody Knows When You Down And Out, uma canção do álbum Layla And Other Assorted Love Songs (1970), desaparecida do setlist de Clapton há tempos, ressurgida em clima de “saloon”. Destaque para os backings classudos de Michelle John e Sharon White. A esperada homenagem ao bluesman irlandês Gary Moore com a versão desplugada de Still Got The Blues é substituída por Lay Down Sally, tema alegrinho de J.J. Cale que coloca a audiência pra dançar e cantando o refrão em coro. O baixo de Willie Weeks passa a impressão de dar um novo embalo e frescor ao tema. Foi uma boa escolha.

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When Someone Thinks You Are Wonderful, única música no novo (e ótimo) álbum lançado em outubro do ano passado, empresta cores jazzistas ao espetáculo. Em inusitada versão acústica, Layla leva o público ao delírio, quase flertando com o jazz, talvez pelo fato de Clapton estar trabalhando sem um guitarrista de sideman no atual Tour, fato inédito em sua carreira nos últimos anos. Ele chegou a ter até dois guitarristas colaborando nas texturas e camadas de suas execuções no palco. Uma coisa é fato: com apenas uma guitarra o som fica mais limpo. E que guitarra! A eletricidade volta a baila com Badge, antigo cavalo de batalha do Cream que Clapton compôs em parceria com George Harrison. Wonderful Tonight é o grande momento romântico da noite, proporcionando encontros acalorados entre dezenas de casais. Before Accuse Me de Bo Diddley e Little Queen of Spades de Robert Johnson colocam o blues na roda novamente. Show de Eric Clapton sem Cocaine, não é show de Eric Clapton. A música de J.J. Cale já faz parte do metabolismo musical do inglês. Crossroads de Robert Johnson, em versão mais lenta encerra a noite batendo em exatas 1 hora e 45 minutos de espetáculo. Em tom introspectivo, Clapton raramente se reportou ao público, restringindo sua comunicação com um agradecimento no final de cada execução. Quem conhece Clapton, sabe que o homem não faz média. E nem precisa. Uma noite para ficar na memória.

Confira o setlist da apresentação em Porto Alegre.


Going Down Slow

Key to the Highway

Hoochie Coochie Man

Old Love

Tearing Us Apart

Driftin’

Noboby Known When Your Down And Out

Lay Down Sally

When Someone Thinks You Are Wonderful

Layla

Badge

Wonderful Tonight

Before You Accuse Me

Little Queen of Spades

Cocaine

Crossroads

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Um dos grandes baratos da noite foi a companhia dos amigos Danilo Fantinel e Aline Elwanger, como também rever o pessoal da Itapema Porto Alegre (Humberto Xavier e Carlos Couto). O abraço também é estendido aos brothers online @4oldtimes, @genesiojr e @ByAndressaLima

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