Uma história de duas vidas intensas


Terminada a leitura do livro “Tête-à-Tête: Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre”, de Hazel Rowley. Impressionante a intensidade da vida que levaram, como os intelectuais de maior expressão do século XX, que assumiam posições difíceis publicamente, sem se esconder atrás dos altos muros da Academia. E no plano pessoal, mantendo uma relação de amor supostamente livre, que dá muito o que pensar sobre o quanto foi realmente possível e verdadeira ou se era fruto dos complexos e fraquezas de seus protagonistas.

Um livro que vale a pena ler, sobre um casal que, de certo modo, abriu portas até então fechadas pelo preconceito e conservadorismo à sociedade ocidental.

E me fez lembrar de um dia frio de outono em Paris, em 2006 – 26 anos após a morte de Sartre e 20 anos da de Beauvoir - quando um brasileiro teve um encontro simbólico com ambos na praça que foi rebatizada com seus nomes, em Saint-Germain-des-Prés, e pediu para ter uma foto daquele momento que, na verdade, nada mais foi do que uma ínfima e anônima homenagem a quem admirava.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Diários da pandemia - #Dia 1: sem poder sair de casa num sábado de sol

Diários da pandemia - #Dia 2: medo

A perda de um amigo