As mentiras consensuais
O ser humano tende a pensar de maneira maniqueísta, separando as coisas em boas e ruins, como um ideal de simplificação pragmática diante de uma realidade complexa. Essa forma de pensar acabou se transferindo, ao longo dos tempos, para as relações interpessoais, consolidando certos dogmas ou convenções que, apesar dos 2015 anos de Era Cristã, ainda não sabemos bem se são próprios de nossa espécie ou de como vivemos em sociedade. Casar, trabalhar, gerar filhos, triunfar - é o que o senso comum espera de cada um. Mas a maioria de nós passa a vida sob a tensão entre atender a essas convenções sociais ou a nossos desejos e impulsos individuais, nem sempre harmônicos entre si. Assim seguimos, sendo resultado de nossas vontades em combate às vontades dos outros. A propósito disso, e de forma bem melhor redigida, transcrevo o texto abaixo da Martha Medeiros, de quem não sou propriamente um fã ou leitor assíduo, mas a quem admiro por este e outros escritos. MENTIRAS CONSENSUAIS (Marth