Os 25 anos da queda do Muro de Berlim
Eu que tive minha infância e adolescência entre os anos 70 e 80, convivia com o temor de uma Terceira Guerra Mundial, que reduziria a humanidade e o planeta às cinzas depois que as bombas atômicas fossem lançadas pelas grandes potências antagônicas de então: o capitalismo norte-americano versus o comunismo soviético. Era uma paz em suspenso – e suspense! -, equilibrada na corda bamba do grande abismo que separava os dois regimes, ideologicamente diferentes mas igualmente armados. Qualquer notícia de tensão entre as superpotências causava grande apreensão, o que, juntamente com o sensacionalismo das matérias do Fantástico e filmes como “The Day After”, causou para mim a perda de algumas tantas horas de sono. Quando a União Soviética cedeu às pressões de um regime que não mais se sustentava, nem política nem economicamente, e passou a implementar o processo de reforma que resultou no desmantelamento daquela imensa máquina estatal - a Perestroika de Gorbachev -, eu só fui en