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FELIZ NATAL!

O Natal me traz uma nostalgia boa, de quem teve belos natais numa boa infância, junto a uma grande familia, que foi se renovando com perdas sentidas e novos acréscimos. Dias de expectativa pela noite de Natal, muito pelos presentes esperados, mas também pela reunião de pessoas queridas, quando a gente - tão jovem - ainda não sabia dimensionar a finitude das coisas, nem o real valor daqueles encontros e daqueles tempos infantis. Por isso que o Natal, pra mim, é um momento de encontro familiar, uma celebração junto aos nossos para renovar o amor que nos une, simbolizado pela familia de Jesus em seu nascimento. Desejo a todos os meus amigos e amigas um Feliz Natal junto a seus familiares e que desfrutem de mais esses valiosos momentos juntos.

Diário de viagem - New York City, 7 a 16/11/2013

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NY - Dia 1: Metro até Ferry Station, Lower Manhatan Ferry até Staten Island com vista da Estatua da Liberdade e dos prédios de Manhatan Caminhada pelo Battery Park Fotos no touro de Wall Street Trinity Church Local das torres gêmeas atingidas no 11/09 (não entramos no memorial pela fila) Parada pra uma Guiness e almoço no Jim Subida pela Broadway ate a St Paul Church Passada por Chinatown Tribeca e Soho (quarteirão histórico) Parada pra descanso no pub do Bob (Fanelli Cafe), onde conhecemos o Anthony - produtor de cinema que já foi casado com uma brasileira e conheceu Porto Alegre Volta pra o Queens Dia 2: Metro até 42st Times Square Passeio pela Times Square Fila na TKTS pra compra dos ingressos pro espetáculo Phantom of Opera Beer e almoço no Hard Rock Cafee Assistimos ao Phantom of Opera no Majestic Theatre Café Bar e pub Authoroty of Beer  Mais TSquare c/ compras Janta (pasta) em rua paralela à Broadway Metro d

Um pouquinho mais de Vinicius

Um pouquinho mais de Vinicius de Moraes pra celebrar seu centenário de nascimento, agora no seu papel de grande letrista com a musica "Formosa", feita em parceria com Baden Powell e dedicada às mulheres que dizem não... FORMOSA Baden Powell - Vinicius de Moraes Formosa Não faz assim Carinho não é ruim Mulher que nega Não sabe não Tem uma coisa de menos no seu coração A gente nasce, a gente cresce A gente quer amar Mulher que nega  Nega o que não é pra negar A gente pega, a gente entrega A gente quer morrer Ninguém tem nada de bom sem sofrer Formosa mulher

Centenário do Poetinha Vinicius de Moraes

Poema de Natal Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos — Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos — Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio. Não há muito o que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez de amor Uma prece por quem se vai — Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples. Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte — De repente nunca mais esperaremos… Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos, imensamente.

E se doer, é porque valeu...

SORTE E AZAR (Cazuza e Frejat) Tudo é questão de obedecer ao instinto  Que o coração ensina a ter Correr o risco, apostar num sonho de amor O resto é sorte e azar  Tudo é questão de não se negar nada A nenhuma força que dê luz, que dê luz, yeh Seja de Deus ou do Diabo, se for claro É só pagar pra ver, é só pagar pra ver E se por acaso doer demais É porque valeu... E se por acaso for bom demais É porque valeu É porque valeu É porque valeu...

O sexo nos dias de hoje

O nosso querido festival de música Moenda da Canção, que se realiza há 27 agostos em Santo Antônio da Patrulha, encerrou a edição deste ano com o show "Sexo e Rock'n Roll", do tremendão Erasmo Carlos. Ele que é um dos maiores compositores da música brasileira, sobretudo pelas canções compostas em parceria com Roberto Carlos, segue na estrada mostrando seu trabalho e mantendo a pegada roqueira, mesmo com seus 70 bem vividos anos. Logo no início do espetáculo, o cara deixa claro que o show é uma homenagem ao sexo e às mulheres, que lhe permitiram desfrutar tantos e lindos momentos ao longo de sua vida, além de família e filhos. Mas a visão do sexo para um septuagenário famoso, que por certo desfrutou muito da aura sedutora dos ídolos, parece ser diferente da de um adolescente ou jovem dos dias de hoje, quando se constata uma certa banalização do relacionamento sexual. Nem falo da questão dos padrões atuais, em que parece cada vez menos importar o padrão dominante, se hetero

#CASO 4: A Srta. Promotora

Eram 9 horas da manhã de uma Terça-feira e eu aguardava a audiência, junto com meu cliente, no corredor do foro central. Seria uma audiência de conciliação num divorcio litigioso. Guarda de filhos, partilha de bens, pensões e rancores envolvidos. Esses momentos que põem as partes em contato para tratar do problema que eles mesmos criaram e que agora desejam ver resolvido pelos advogados, juiz, promotor, toda a maquina judiciária e a própria justiça divina, se Deus quiser...O ofício de advogar nos leva a desenvolver certas habilidades, em especial o exercício do distanciamento. A gente vai aprendendo a se distanciar do fato que é a nossa causa de agir e a causa da aflição do cliente. Separamos a avaliação emocional que nos é dada por sua categorização legal, para daí traçarmos a estratégia jurídica que alcance o resultado esperado, ou o melhor que for possível. Mas o distanciamento exige muita disciplina, e por vezes também somos abatidos pela situação humana com que lidamos, pois nã

Despedidas

Já faz tempo que eu acredito que o melhor da vida são os encontros. Mas não há como negar a importância também das despedidas. Na correria do dia-a-dia e na própria dificuldade de falar sobre nossos sentimentos, acabamos geralmente deixando de dizer o quanto gostamos ou admiramos alguém. Outras vezes, ficamos buscando o tal momento certo pra falar sobre isso e, do mesmo modo, vamos deixando pra depois. Até que, por alguma razão que nos afasta dessa pessoa, ficamos sentindo que falhamos em não lhe fazer saber disso. Quando se perde alguém para a morte irreversível e se recorda como foi o último encontro com essa pessoa, a gente tende a questionar se esse momento serviu como despedida, se alguma coisa especial foi dita ou se ao menos um gesto serviu para demonstrar um carinho ou uma reverência a quem se perdeu. E se nada foi dito ou demonstrado, fica a frustação por aquele "dever" para com alguém que merecia sabê-lo e para com a gente mesmo, que tanto queríamos ter dito essas

#CASO 3: O filho inconformado

A coisas estão calmas nesta Terça-feira. Valeska retornou a seu birô depois de conversarmos amenidades e dela me revelar, para minha surpresa, que já foi casada, mas que abdicou do casamento quando percebeu que era mais feliz consigo mesma do que com o homem que a ignorava em casa. "Justo", pensei. Não eram os meus melhores dias. Virgínia casara no final de semana anterior, o que me fez retornar algumas casas no meu propósito de voltar a me relacionar com o sexo oposto. Mas, no fundo, fiquei feliz por ela ter encontrado alguém com quem valha se propor a uma vida a dois, nesses tempos tão complicados...por isso fui sincero ao lhes desejar felicidades no cartão. Além disso, não me sinto bem com a situação de complicar a vida dela, colocando meu desejo à frente de sua felicidade. Então, vou levantar as velas e deixar que o vento me leve em direção a outros portos. Soa o telefone, e Valeska me pergunta se pode passar um cliente novo chamado Fábio. Respondo que sim, a porta se ab

Vitória e reflexões

Retomo o blog após uma pequena ausência. O porquê da ausência não foi dengue, esquecimento ou pane no computador. Foi a mais completa falta de tempo mesmo, devido às coisas do trabalho, sobretudo. E retorno, agora, após uns dias de férias em Vitoria-ES, pra onde fomos por uma certa curiosidade e também por não conseguirmos hotel no Rio de Janeiro. Foram poucos mas proveitosos dias, com sol, praias, bares, boa comida, um bom livro* e, é claro, a minha ótima companhia de sempre... Ao contrario do Rio, Vitoria não é uma cidade que prioriza o turismo, embora tenha excelentes lugares para mostrar e desfrutar. Gostei do jeito da cidade, moderna e ao mesmo tempo simples, com seu povo hospitaleiro e mais mineiro que carioca. Cidade pujante, onde a riqueza circula a partir de seus portos, mas sem espalhafato. Enfim, um novo bom lugar que valeu conhecer. Nesses dias, saído da rotina intensa de tarefas e compromissos, a gente olha a vida em retrospecto, distanciado da visão imediata da agenda di

Travessia

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Assisti ao documentário oscarizado sobre a história do feito de Philippe Petit, o intrépido francês que, com a ajuda de uma pequena equipe de amadores igualmente corajosos, entrou clandestinamente no World Trade Center, na Nova York de 1974, e atravessou suas torres sobre uma corda bamba, sem qualquer proteção e utilizando apenas uma barra de equilíbrio. Detalhe: ele ficou aproximadamente 45 minutos equilibrando-se sobre o vão de mais de 400 metros, indo e voltando até a borda das torres mais de 8 vezes, além de deitar-se e ajoelhar-se sobre a corda, quando saudou a multidão de espectadores com uma das mãos. Ao sair, preso pela polícia, foi perguntado por que fizera aquilo, e respondeu somente que não havia um porquê. Ao fim do documentário, o Philippe dos dias atuais diz que viver plenamente é viver no limite e exercitar constantemente a rebelião em nós mesmos, encarando cada dia como um desafio a ser superado. A receita de vida do francês remete ao clichê do carpe diem, mas não

Homenagem ao Padre Ermelindo

Eu fui escoteiro. Na verdade, um dos lemas do Escotismo é "uma vez escoteiro, sempre escoteiro". Então, sou escoteiro! E assim me sinto até hoje mesmo, pois devo a isso o gosto pela aventura, pela natureza e liberdade. Foi um grande impacto sentir-se livre com 11, 12 anos de idade. Não por uma possível sensação de que pudesse fazer o que quisesse, mas por se ver responsável pela própria segurança e bem estar. Era assim que nos sentíamos, como meninos que dependiam de si mesmos, acampados em algum lugar remoto, cercado por natureza e distante do conforto cotidiano, tendo que montar nosso próprio acampamento, fazer nossa própria comida, matar cobras, colaborar uns com os outros e dormir em barracas, longe dos nossos pais e sob a supervisão de alguns poucos adultos, nossos chefes escoteiros. Além disso, também fui chefe de patrulha, "comandando" outros escoteiros e buscando vencer os jogos e competições com as demais patrulhas. Mesmo nunca tendo sido competitivo, creio

#CASO 2: A NOIVA (parte final...ou não)

Já havia se passado em torno de um mês quando minha secretária Valeska me passou o recado: Virgínia ligara e viria ao escritório no final daquela tarde. Não foi difícil lembrar quem era Virgínia, ao contrario, percebi nesse instante o quanto eu havia pensado nela após aquele primeiro atendimento a sua inusitada consulta sobre "separação pré-casamento". Lembrei dos seus olhos azuis, impossíveis de esquecer, e do quanto eu andava por aí assobiando a melodia do Tom... esse seu olhar, quando encontra o meu, fala de umas coisas, que eu nem posso acreditar... É, talvez fosse melhor evitar manter o meu olhar no dela enquanto eu estiver sob o efeito dessa, dessa, sei lá o que é isso, se uma atração, comoção ou a mais pura falta de mulher mesmo. Vai saber?! Enfim, sentimentalismos à parte, preparei o espírito para recebê-la, caprichando no ceticismo quanto a qualquer possível affair, por se tratar ela da noiva decidida de um cara com "boa situação financeira" - como ela me

Luto

Tem vezes que, mesmo distantes, nós também somos atingidos pela tragédia. Não há como ficar indiferente a ela. Além de não ser tão longe assim, o número de vítimas e a forma como morreram é chocante. Dificil imaginar como é viver numa cidade que acorda contando a perda de tantos dos seus. E sobretudo por serem jovens que apenas buscavam se divertir, como tantas vezes estive num lugar assim pra me divertir também. Um dia triste, para lamentar sempre e nunca esquecer os motivos que causaram tamanho sofrimento.

Qual a sua onda?

Então, você prefere ser a onda que dá espetáculo ao se arrebentar no rochedo, ou a marolinha que morre sem graça na areia da praia?

Feliz año en La Serena

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Ano Novo chegou em La Serena Veio feliz, alegria extrema Em dias de sol, noites de luz E a música a tocar, junto ao cuscuz Vivemos os dias, no sol do verão Dentro do mar, à sombra do quiosque Saindo dali, caminho pro bosque Na casa Mima, não há solidão Quando a noite cai, sobre La Paloma A música chega, voz e violão Dani, Zelito, Pirisca e as cantoras E a platéia atenta, cantando juntinho Espera a hora de aplaudir de pertinho De todos os lados, tantos países Surgem amigos, novos encontros Entre tantas cores, tantas matizes A alegria de ver, a todos felizes E quando chega o dia de ir Pegar a estrada e, que droga, partir Pra retomar a rotina de ser Fico pensando, que bom existir Esta playa Serena para volver A la casa Mima, buenos dias vivir *Gracias a los amigos de La Serena

Dia de tiete

Vivi meu dia de tiete, ou melhor, noite de tiete, ao apresentar-me pra esse cara que é um ídolo pelas músicas incríveis que compõe, sobretudo pela qualidade ímpar de suas letras. Assim foi que, em plena festa de reveillon, junto a amigos em comum e seus familiares, disse a ele: Mucho gusto Jorge, soy uno de sus millones de fans brasileños! Ele retribuiu a saudação, de maneira muito simpática, agradecendo e perguntando o meu nome. Não ia perder essa oportunidade né?! Grande cara esse Jorge Drexler! http://www.youtube.com/watch?v=aU9gzRy2dQc&list=PL81B1252B07AE1EA5 * Não poderia deixar de dizer que agora também sou fã de seu irmão Daniel Drexler, pela música que faz e pela pessoa que é.